Dia Mundial de Luta Contra o Câncer
Neste 04 de fevereiro, Dia Mundial de Luta Contra o Câncer. O cenário não deixa para menos: de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que ao final do biênio 2018/19 serão registrados mais de meio milhão de novos casos de câncer por ano no Brasil.
O câncer é uma doença multifatorial e a exposição a fatores de risco comportamentais, alimentares, ambientais e ocupacionais, bem como o histórico familiar e questões hormonais, apresentam forte associação com a doença. Segundo a literatura científica, estima-se que cerca de um terço dos casos de câncer poderia ser prevenido.
A incidência do câncer de intestino, por exemplo, está relacionada ao aumento do excesso de peso e da obesidade, à dieta pobre em fibras e ao consumo de álcool e tabaco. “Precisamos investir no cuidado integral e em medidas de prevenção de doenças. Nesse sentido, uma importante ação da ANS foi a publicação do Manual de Diretrizes para Enfrentamento da Obesidade na Saúde Suplementar, com o objetivo de reunir parâmetros e orientações que auxiliem no enfrentamento da situação epidêmica deste agravo à saúde”, lembra Rogério Scarabel, diretor de Normas e Habilitação dos Produtos.
Dados alarmantes
As neoplasias são hoje uma das principais causas de incapacidades e mortalidade no mundo. Segundo a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 18,1 milhões de casos novos e 9,6 milhões de óbitos ocorreram no mundo em 2018. Ainda segundo a IARC, um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres desenvolvem algum tipo de câncer ao longo da sua vida.
Os 10 cânceres mais comuns em homens são próstata, pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral, esôfago, bexiga, laringe, leucemias e Sistema Nervoso Central (SNC); e entre as mulheres, mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão, tireoide, estômago, corpo do útero, ovário, SNC e leucemias.
Dia Nacional da Mamografia
Nesta terça-feira, 05, é o Dia Nacional da Mamografia, exame não invasivo que captura imagens do seio feminino para detectar tumores malignos na mama. A mamografia digital é de cobertura obrigatória pelos planos de saúde para beneficiárias que se enquadrem na faixa etária entre 40 e 69 anos, como determina o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS.
De acordo com última edição do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, somente em 2017 os beneficiários de planos de saúde realizaram 5.020.622 mamografias, 990.598 consultas com oncologista, 2.257.643 sessões de quimioterapia, 1.077.653 sessões de radioterapia e 333.051 internações decorrentes de neoplasias.
Projeto OncoRede
Importante iniciativa da ANS para a implantação de um novo modelo de cuidado a pacientes oncológicos na saúde suplementar, o Projeto OncoRede vai iniciar em breve a sua segunda fase. Na etapa inicial, realizada de 2017 a 2018, como projeto-piloto, buscou-se implementar e avaliar modelos inovadores de cuidado a partir de experiências bem-sucedidas desenvolvidas por operadoras, clínicas e hospitais que atuam em oncologia, priorizando a articulação dos serviços com foco no cuidado integral ao paciente. Participaram 21 operadoras e 20 prestadores de serviços em saúde, sendo oito hospitais, nove clínicas, um laboratório, um hospital-dia e um serviço de atenção domiciliar.
Para a segunda fase do Projeto, está sendo elaborada uma proposta de Certificação de Boas Práticas na Atenção Oncológica – OncoRede, que pretende ampliar o número de operadoras e prestadores participantes. “Estamos trabalhando na melhoria dos serviços oferecidos pelas operadoras de planos de saúde ao paciente em tratamento de câncer, por meio do desenvolvimento de uma certificação oficial de boas práticas em oncologia que permita reconhecer operadoras e prestadores de serviços em saúde que cumpram requisitos de qualidade que estão sendo elaborados a partir da experiência adquirida com os projetos-piloto do OncoRede”, explica Rodrigo Aguiar, diretor de Desenvolvimento Setorial.
Ao fim dos 12 meses da primeira etapa, em uma amostra que considerou os participantes que informaram mais de seis meses de resultados apurados, verificou-se resultados positivos. São eles: aumento do percentual de pacientes com laudo completo (de 81,3% para 94,3%), o que demonstra atenção na investigação e documentação do diagnóstico; redução no número de dias entre o diagnóstico (biópsia) e o início do tratamento (variando de 42 dias para 37 dias); e aumento de 1,5% na realização de exames de rastreamento para câncer colorretal, um dos tipos de câncer de maior incidência no país.
fonte ans.gov.br